<BODY><BODY> BahiaPlanet Informática: 07/13

18.7.08

Quando o upgrade dá errado, aparelhos inteligentes ficam 'burros'

A galáxia de dispositivos na qual vivemos – constelações de televisores, computadores, DVDs, telefones celulares e outros deleites Wi-Fi à bateria – é mantida unida por muitas forças. Nenhuma é mais potente e persistente do que a que será conhecida, daqui em diante, como a Lei de Schwarz: tente fazer o upgrade de uma coisa, e vai invariavelmente piorar outras três.

A máxima funciona para outros assuntos na vida e no amor, mas nunca é mais irritante do que quando alguém está lutando com a tecnologia. Compre uma nova impressora, e observe seu pomposo software novo confundir seu desktop. Mude para o Vista, e os drivers do iPod e do handheld entrarão em greve. E que Deus o ajude se você codificar seus sinais de Wi-Fi.

Mesmo algo tão simples quanto comprar uma nova televisão liberta um monstro salivante com tentáculos de Ethernet, HDMI e som surround.

Esta é a selva em que vivem os consumidores da vida real como eu – uma natureza selvagem onde seres inteligentes entram apenas para ser transformados em orangotangos reclamões. E quanto aos jornalistas e escritores técnicos dos quais dependemos para orientações? Estes vivem numa terra da fantasia, recebendo gratuitamente câmeras e Blu-ray players de vários fabricantes, testando cada modelo e nos contando que atributos há em cada um. Muito difícil.


Nós, a população comum, vivemos no mundo real: precisamos apostar nosso próprio dinheiro, pedir que o produto funcione com nossos outros equipamentos e vencer na primeira tentativa ou agüentar com as conseqüências.


Esse era o meu problema: quando minha nova televisão H.P. MediaSmart foi convocada a ser boazinha com meus outros componentes perfeitamente utilitários (receptor da TV a cabo, tocador de DVD e computador), ela manteve uma distância que nenhum cabo podia atravessar.



Paternindade iminente
Como a maioria dos homens, procurei por uma nova televisão com mais intensidade do que se estivesse vivendo uma paternidade iminente. Havia passado seis meses devorando detalhadas análises de produto em revistas e estudando páginas de especificações em web sites. Defini precisamente quais funções eram as mais importantes.


Fui conquistado pelos benefícios da MediaSmart - e ela era realmente grande.
OK, havia muito mais do que isso. Assegurei conseguir a melhor resolução de 1080p e três portas HDMI para conexões rápidas de alta definição. (Adeus, cabos de componentes!) Insisti em um controle remoto universal para controlar a TV, meu gravador de vídeo da empresa de cabo e meu híbrido DVD - Videocassete.


Muitos modelos tinham esses atributos, é claro. Mas eu também queria plasma para os tons de preto mais profundos, uma tela de 120 centímetros, saídas na lateral para acesso facilitado, e painéis de alto-falantes mais finos do que tapetes árabes. Descobri que por algumas centenas de dólares a mais eu deixaria o equipamento à prova do futuro, obtendo Ethernet embutido com e sem fio. Isso me permitiria assistir aos filmes caseiros do meu PC na tela grande e alugar filmes pela Internet, a ‘raison d'être' da MediaSmart.



Namorei a MediaSmart por muitas semanas e então entrei em ação. Até gastei US$150 por uma instalação profissional para assegurar que meus componentes antigos não se ressentiriam do meu novo pacote da alegria e prendessem a respiração até ficarem azuis. Estava me colocando um passo à frente da Lei de Schwarz – por US$2.500, eu teria mais tela e menos problemas.





'Esquadrão Nerd'
Um pelotão de instaladores, o Esquadrão Nerd, chegou na hora marcada: um para desempacotar o monitor; um para calibrar as funções da TV; outro para cuidar do controle remoto; e outro cuja única função era se assegurar de que minha cadeira da sala de jantar não levitasse pra fora da janela. O primeiro cara colocou o monitor no suporte, puxou o celofane protetor e foi embora enquanto os outros bajulavam a TV para que funcionasse corretamente.


Ela funcionou, ate certo ponto. Eu nunca tinha visto o texto “Sem Sinal” em tão esplendorosa alta definição (ou sua tão esperada seqüência, “Componente 2”). Imagens apareciam em uma enorme variedade de proporções – de 16:9 a 4:3, a algo tão distorcido que mesmo Picasso teria estremecido. O Nerd número 1 estava completamente perplexo – ele brincava com os menus e sub-menus na TV e no receptor da TV a cabo antes de decidir que, naturalmente, a culpa era do receptor. E o nerd simplesmente me desejou “Boa sorte, cara”.


E a minha conexão fácil entre o HDMI e o DVD? Aquela tão tentadora que eu gastei US$120 somente no cabo? “Seu DVD não tem saída HDMI”, me informou o Nerd número 2, deixando generosamente de fora o “idiota” no final da frase. O assim-chamado controle remoto universal não ligava o receptor da TV a cabo, então eu estava preso a outra legião de controles que era, de alguma forma, pior que a anterior. Quanto à conexão com o computador para ver filmes pela Internet, o Esquadrão Nerd não estava preparado para mais nada a não ser ligar o plugue da Ethernet.


Minha nova TV ficou lá parada, como o se dissesse “Só vou me mexer quando eu bem quiser, parceiro.”





Lei de Shwarz
Se eu desisti? Claro que não – e uma vez mais enfiei minhas mãos na serra da Lei de Schwarz. Para consertar os problemas de proporção das imagens, abandonei minha caixa de DVR da empresa de TV a cabo e comprei um TiVo, com resultados terríveis demais para detalhar aqui.


Comprei um controle remoto universal Logitech para finalmente unir todos meus controles no sagrado matrimônio; mas isso trouxe um novo conjunto de problemas, incluindo uma inabilidade para ligar os sistemas corretamente. Convidei o Esquadrão Nerd de volta a meu apartamento mais duas vezes, na tentativa de colocar os filmes para funcionar; o único sucesso que eles puderam anotar em seus livros de registro foi “cadeira da sala de jantar ainda no mesmo lugar.”


Depois de dois meses, finalmente sucumbi às forças da Lei de Schwarz. Meu único upgrade, no final, foi voltar tudo a como estava antes – o TiVo removido, a velha TV Samsung de volta ao suporte, e o pesadelo rapidamente enterrado no meu subconsciente.


Lembrei-me da fala do filme “Jogos de Guerra”, quando o monstruoso, porém sábio computador diz a Matthew Broderick, “O único movimento vencedor é não jogar.”
ALAN SCHWARZ do New York Times

13.7.08

Cavalo-de-tróia ataca arquivos MP3

Um novo cavalo-de-tróia ataca redes de compartilhamento P2P e infecta arquivos MP3, WMA e WMV, entre outros.

Segundo a empresa Secure Computing, o invasor, batizado como Trojan.ASF.Hijacker.gen, infecta arquivos de mídia na máquina da vítima, usando o ASF (Advanced Systems Format), formato da Microsoft para streaming de áudio e vídeo. O ASF é parte das definições Windows Media.

Quando o usuário tenta executar um arquivo infectado, abre-se uma caixa de diálogo que lhe pede que lhe pede para rodar um codec que estaria faltando para ser possível abrir o arquivo. Nesse momento, outros programas maliciosos são instalados.

O Hijacker.gen é capaz de converter arquivos MP2 e MP3 para WMA. Nos arquivos de áudio convertidos, fica injetado o comando nocivo que redireciona o Windows Media Player para solicitar o download do falso codec. O arquivo depois passa a ser executado normalmente, para que o usuário não desconfie, mas o cavalo-de-tróia já está ativo no sistema.

Ao infectar arquivos de mídia, o objetivo dos autores do Hijacker.gen é disseminá-lo em redes P2P. Portanto, é preciso ter cuidado com arquivos MP3.
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